Pois bem, continuo aqui tentando atualizar vocês das minhas news pela crazy New York City. No mês passado, eu mudei de casa. Continuo morando no mesmo bairro - Bed Stuy - que fica no Brooklyn, mas agora estou bem mais feliz e saltitante. Estou morando no brownstone da Janny e do Ozzie, um elegante e simpático casal de dominicanos que me receberam de braços abertos desde meus primeiros dias nessa terra. Brownstone são prédios em geral com três ou quatro andares, construídos no começo do século XIX. Alguns deles tem vários apartamentos, mas no caso do de meus amigos, eles compraram - diga-se de passagem - com muita luta, suor e trabalho - o prédio todo e transformaram-no numa ampla e aconchegante casa, uma verdadeira mansão dominicana. Tenho muito orgulho de falar isso, pois tenho acompanhado a luta diária dos dois para colocar esse brownstone do jeito que eles sonham. Eu moro no quarto andar da casa em um pequeno e simpático quarto. No quarto ao lado mora a Ngina e no terceiro andar o Luiz, que é do Equador. Temos nossos próprios banheiros e cozinha. Janny e Ozzie moram no primeiro e no segundo andar, assim todos nós estamos conectados sem perder a privacidade. Esta experiência tem sido muito gostosa e bem saudável, afinal diariamente subo pelo menos três vezes três lances de uma escada com corrimões super bem decorados. Meus amigos são muito chiques mesmo!!!
Eu na entrada do Brownstone no dia da minha mudança, um sábado de muito calor.
A minha outra casa fica a uns dez minutos daqui a pé, então as coisas não mudaram muito. Continuo acordando nos mesmos horários e frequentando diariamente o trem C, minha linha aqui nessa área. Levo em média 25 minutos para chegar em Manhattan no complexo da NYU. A vida na casa de Janny e Ozzie é bem mais prazerosa porque como sempre digo construímos uma amizade bem forte, então de fato somos uma família aqui... Esse bairro é uma experiência muito interessante. Reduto de negros americanos e latinos, ele possibilita que eu observe diariamente questões relacionadas a políticas raciais nos USA.
Janny, sempre pronta para mais uma aventura. Dessa vez me ajudando com as tralhas...
E essa é uma vivência louca... pensar por exemplo que aqui, eu, ao invés de negra, sou classificada aos olhos do bairro como latina. Converso muito com as pessoas do comércio, do bairro, enfim, então sempre tentam adivinhar de onde eu sou. As hipóteses mais comuns são: Puerto Rico e República Dominicana. E eu, que fui adotada por dominicanos fico com a segunda opção, assim a cada dia vou deixando desabrochar minha dominicanidade... As conversas com Janny me fazem pensar o quanto o Brasil desconhece seus parceiros latino americanos. Temos tanta coisa em comum com os dominicanos, desde o arroz com feijão na dieta básica até ditados, gírias e expressões... Sim, sim, podem me chamar de Dominicana. Eu brinco com a Janny dizendo: Sou Dominicana de la capital!!! E ela morre de rir...
Ainda falta muita coisa...
E vou acresentar aos elogios que você fez ao casal que, além de super simpáticos, gentis e divertidos, têm sido maravilhosos anfitriões para os fins-de-semana em que Rodrigo e eu passamos com você aí em NY! A visita exploratória a Chinatown-Little Italy foi impagável!!! Guia Ozzie foi o melhor! hahaha
ReplyDeleteSim, verdade amiga, formamos uma família e tanto. Mil Beijokas!
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